terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Voe Longe Comigo

Do sol poente ao sol nascente
Criaste uma ponte sonâmbula
Feriste os olhos com flechas
Guardaste a espada de guardião.

Ah nobre cavaleiro
Se pudéssemos cavalgar juntos
Nas batalhas a travar,
Talvez quem sabe um dia partilhar
Uma mesa, um assento de guerreiro.

Apartado teu coração de esperanças
São em vão bem sei meu Lancelot
Estrelas que vão sem mais não.

Nas lutas perdidas
Batalhas largadas a despojos
Enfrentas os medos da solidão.
Perguntas me então se há perdão?!
Creio de boa fé que esse já não vem
Se não vejamos a destreza de tuas mãos.
Que das os ombros,
Ajoelhas aos escombros.
Nada de nada.
Que foste e és agora?
Pensas um pouco e dizes
Sou nada! Sou nada!

Nada não és!
Ora agora também
Guerreiro de espada e punho,
Combate em guerra fria
Morre no fim e descansa,
Mesmo que ninguém se lembre de ti.

Guerreiro de Távola Redonda
Guerreiro encantado de violeta,
Sejas flor de jardim em canteiro
De donzela pura e singela.


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