quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Marcia e Mario


Foi simples como as coisas boas da vida: eu disse que você era interessante, você disse que me queria por perto e a gente foi ficando. Sem joguinho, sem cobrança, sem manipulação: livre, leve e solto como todo bom sentimento deve ser. A gente confessou – pra qualquer um cedo demais – a nossa paixão e, como raramente acontece nesse mundo feito de casca de ovo, ninguém julgou ninguém. Ninguém achou o outro louco ou precipitado – quer dizer, loucos nós somos, mas isso é o melhor que a gente tem. E depois que me convenci de que isso tudo não era bom demais pra ser verdade, fiquei com vontade de morar no teu sorriso. De me perder nos teus olhos, me encontrar no teu abraço e me tornar essa piegas como todo apaixonado. Pela primeira vez em muito tempo, alguém me mostrou que não faz mal se despir: se você tiver sorte, alguém se despe junto e vira festa. Então eu tirei minhas máscaras, varri os medos e me enchi dessa coragem que só os sentimentos mais puros nos dão. Por você eu fui verdade. E a única verdade sobre mim que você ainda não sabe é que a sua intensidade me fez sentir menos estranha. O seu jeito de encarar a vida me deu vontade de viver tudo com você: um dia de cada vez, um sorriso de cada vez, um gole de cada vez, uma descoberta de cada vez. Mas você – que fique claro – eu quero de uma só vez. Com você eu quero mundo, quero risada, quero filme em dia de chuva, quero os apelidos ridículos que todo casal elege, as viagens, os sorrisos, a loucura consentida e, porque não, as lágrimas divididas. Eu quero somar intensidade. E sem pés no chão: Com você quero voar num destino que só a gente pode fazer.


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